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Ameaça Crescente: Praga de Nematoides Evolui e Atinge Parte Aérea da Soja

Os desafios enfrentados pelos produtores de soja estão se intensificando à medida que uma praga insidiosa ganha terreno. O nematóide Aphelencoides besseyi, antes restrito às raízes das plantas, agora está se infiltrando na parte aérea, comprometendo vários rendimentos. Enquanto os cultivam tecnologias inovadoras para maximizar a produção, a resposta das pragas é uma evolução igualmente rápida.


Esta espécie de nematoide, conhecida como Fitonematoide A. besseyi, está testando os limites das técnicas de manejo disponíveis. Embora haja um produto registrado para seu controle no Ministério da Agricultura, o uso eficaz ainda está em fase de testes. Infelizmente, o impacto dessa praga na soja pode ser avassalador.


Os sinais de infestação tornam-se evidentes durante a fase de explosão da cultura. Plantas afetadas apresentam manchas verdes e retêm folhas até o final do ciclo. Os efeitos são devastadores, levando a uma redução na formação de flores e vagens. O potencial de perda de produtividade é alarmante, atingindo até 60% em média, podendo chegar a 100% em casos extremos.


A praga, conhecida como causadora da "Soja Louca II", não se limita apenas à soja, mas também afeta culturas como o algodão, embora em menor intensidade. No entanto, é na região da BR-163 em Mato Grosso, o maior produtor de soja, que a praga está mais presente e agressiva. A combinação de chuvas frequentes e altas temperaturas cria um ambiente propício para suas preferências.


As estratégias de manejo estão em constante evolução para enfrentar esse desafio. Um método promissor é a proteção das sementes ou tratamento no sulco do plantio para assegurar um início saudável do crescimento da planta. No entanto, o cronograma é crucial, já que a reprodução do nematoide é rápida e implacável.


Além disso, a sucessão de culturas desempenha um papel fundamental no controle da praga. Evitar a alternância entre soja e algodão é aconselhável, optando por culturas não hospedeiras, como o milho, para reduzir a população do nematóide. O controle químico e biológico também é uma ferramenta importante, mas não pode ser considerada a solução única.


À medida que os produtores se esforçam para proteger suas lavouras, a pesquisa e a colaboração entre especialistas são cruciais. A busca por maneiras eficazes de enfrentar o Fitonematoide A. besseyi continua, à medida que os cultivos tentam equilibrar a demanda por produtividade com a crescente ameaça dessa praga persistente.



Fonte: Canal Rural

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