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Após 10 anos, Petrobras inaugura 3º gasoduto do pré-sal nesta 6ª

Depois de 10 anos do início do projeto, o 3º gasoduto do pré-sal será inaugurado nesta 6ª feira (13.set.2024) pela Petrobras. O duto submarino Rota 3 vai escoar gás natural produzido em vários campos da região até Itaboraí (RJ) no Complexo de Energias Boaventura, novo nome do antigo Comperj (Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro). Um dos empreendimentos mais aguardados pelo setor energético, o Rota 3 é o 1º grande projeto da Petrobras voltado para o gás natural a ser entregue em pelo menos 8 anos. O último foi o Rota 2, iniciado em 2016. A inauguração será em Itaboraí, às 9h. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) participará.


A Rota 3 teve seu projeto iniciado em 2014. Inclui, além do gasoduto, uma UPGN (Unidade de Processamento de Gás Natural) em Itaboraí. Já o Comperj, onde o gasoduto desemboca, teve as obras iniciadas ainda antes. Lula colocou a pedra fundamental do complexo em 2006, ainda no seu 1º mandato. O Comperj foi um dos símbolos da Operação Lava Jato por suspeitas de corrupção nas obras. No início, era orçado em US$ 6 bilhões e seria um complexo de petróleo, gás natural e petroquímica. Depois, chegou a ser precificado em US$ 14 bilhões. Foi paralisado em 2015 por causa dos escândalos e depois redimensionado,


Sendo inaugurado com um novo nome para tentar se afastar do passado lavajatista, o complexo agora é focado em gás natural. Há planos futuros de construção de uma refinaria de petróleo no local, mas os demais projetos foram abandonados. A Petrobras não diz quanto foi gasto até aqui nem quanto custará a refinaria. Apesar da inauguração nesta 6ª feira e do início da fase de testes, o 3º duto do pré-sal e a UPGN só devem entrar em operação comercial no começo de outubro. Só então que esse gás natural será efetivamente ofertado ao mercado consumidor nacional.


A expectativa é que a entrada em operação do duto e da unidade diminua a reinjeção de gás natural no pré-sal em 10%. Como mostrou o Poder360, o Brasil tem batido recordes nos índices de devolução do gás produzido aos poços por, entre outros motivos, falta de infraestrutura.

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