Bolsonaro tinha “plena ciência” de fraude em vacinação, diz PF.
- Reinaldo Stachiw
- 4 de mai. de 2023
- 2 min de leitura
A PF (Polícia Federal) afirmou que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e seu ex-ajudante de ordens, o tenente-coronel Mauro Cesar Barbosa Cid, emitiram certificado de vacinação contra a covid por meio do aplicativo ConecteSUS, e, por esse motivo, tinham “plena ciência” da inserção de dados falsos na documentação.
Segundo o documento, um usuário ligado à Bolsonaro entrou na plataforma para emitir os certificados em 4 ocasiões. A conta do ex-presidente estava inicialmente cadastrada no e-mail de Cid, e, depois, foi alterada para o endereço do então assessor especial do Presidente da República, Marcelo Costa Câmara, informou a PF.

em 22 de dezembro de 2022, às 8h; em 27 de dezembro de 2022, às 14h19min; em 30 de dezembro de 2022, às 12h2min; e em 14 de março de 2023, às 8h15min. “Portanto, os elementos informativos colhidos trazem indícios de que João Carlos de Sousa Brecha, Claudia Helena Acosta Rodrigues da Silva, Jair Messias Bolsonaro, Mauro Cesar Cid e Marcelo Costa Camara, se uniram, em unidade de desígnios, e, de forma exitosa, inseriram dados falsos de vacinação contra a Covid-19, em benefício de Jair Messias Bolsonaro, nos sistemas SI-PNI e RNDS do Ministério da Saúde, incidindo na conduta tipificada no art. 313-A do Código Penal”, disse a PF.
AS VACINAS DE BOLSONARO Segundo o MPF (Ministério Público Federal), a CGU (Controladoria Geral da União) concluiu que o ex-presidente não esteve em Duque de Caxias na data em que consta sua 1ª vacinação. Segundo o órgão, o ex-chefe do Executivo brasileiro esteve no Rio de Janeiro (RJ) até seu retorno para Brasília, às 21h25.
Em relação à 2ª dose da vacina, a CGU disse que, apesar de Bolsonaro ter participado de uma caminhada no município da Baixada Fluminense em 14 de outubro, às 11h (o Poder360 registrou o evento), não há indícios de que ele foi até à unidade de saúde se vacinar. não há indícios de que ele foi até à unidade de saúde se vacinar.
No dia, o então presidente embarcou para Belo Horizonte (MG), às 13h40, segundo a CGU. Em fevereiro de 2023, o ministro da CGU, Vinícius de Carvalho, confirmou a existência de um registro de vacina contra a covid-19 no cartão de Bolsonaro. Na ocasião, disse que o órgão apurava uma possível adulteração do documento.
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