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Corpo de Juliana Marins encontrado, confirma chefe de resgate da Indonésia

O corpo da publicitária Juliana Maris foi içado com sucesso na manhã desta quarta-feira. A informação foi confirmada pelo chefe da Basarnas (Agência Nacional de Busca e Resgate), Marechal do Ar TNI Muhammad Syafi’i. A jovem foi encontrada morta nesta terça-feira no Monte Rinjani, na ilha de Lombok, na Indonésia, após cair em uma ribanceira e permanecer presa por quase quatro dias em uma encosta de difícil acesso, sem água, comida ou abrigo.

Em entrevista à televisão indonésia, Syafi’i contou que o mau tempo na região impediu o uso de helicópteros. Uma aeronave chegou a decolar para dar apoio aéreo, mas precisou recuar por causa das condições climáticas. As autoridades decidiram, então, concluir o resgate com cordas e sistema de içamento. Uma equipe de sete socorristas foi mobilizada: quatro foram até a vítima, a cerca de 600 metros de profundidade do penhasco, e outros três ficaram no ponto de apoio.


— A distância entre o ponto superior e o local onde estava a vítima é de cerca de 600 metros, com vários pontos de ancoragem, o que torna o processo mais demorado. Neste momento, de acordo com informações do comandante de serviço em campo, a vítima já foi retirada até o ponto de apoio — destacou Syafi’i.



Segundo o chefe da missão, o corpo de Juliana foi levado ao posto de Sembalun para ser encaminhado ao Hospital da Polícia (RS Polri).


— Após a entrega oficial do corpo pela Basarnas ao hospital, o processo de repatriação ou procedimentos posteriores ficarão a cargo das autoridades e da família — disse ele.


A morte de Juliana foi confirmada pela família, através das redes sociais, por volta das 11h desta terça-feira. A seguir, veja a cronologia completa do caso e o drama vivido pela niteroiense desde o acidente.



Conduzidos por um guia local, Juliana Marins e outros turistas caminhavam por uma trilha ao cume do Monte Rinjani, na ilha de Lombok, na província indonésia de Sonda Ocidental, cujo fuso horário local é 11 horas à frente do horário de Brasília. Juliana pagou 2,5 milhões de rúpias indonésias (cerca de R$ 830) pelo pacote de subida até o vulcão.

Juliana Marins sofreu queda durante trilha no Monte Rinjani, por volta das 19h (de Brasília) e 6h (locais) indo parar a cerca de 300 metros abaixo da trilha, perto do ponto mais alto da montanha, que tem mais de 3 mil metros de altura.



Sábado, 21 de junho

Família diz que durante a caminhada Juliana teria reclamado de cansaço e parado. O guia, então, teria seguido viagem, deixando a publicitária para trás, que acabou caindo em um desfiladeiro. O guia Ali Musthofa negou ter abandonado a brasileira.

O guia contou que ao retornar ao local onde a jovem parou para descansar viu que ela havia caído no penhasco. Nesse momento o grupo decide voltar para a base.


A Agência Nacional de Busca e Resgate (Basamar), da Indonésia informou ter recebido alerta do acidente às 9h40 (local) ou 23h40 de sexta-feira (pelo horário de Brasília) após relato do guia.


Às 17h10 (de Brasília) ou 4h10 (locais) Juliana é avistada pela última vez, mas devido as condições climáticas não foi possível resgatá-la.

A família chegou a ser informada de que os socorristas tinham alcançado a jovem e levado comida e água para ela, mas essa informação foi desmentida.

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Domingo, 22 de junho

No fim da manhã de domingo (início da noite na Indonésia), familiares da publicitária informaram que as buscas pela brasileira haviam sido oficialmente suspensas. O motivo, segundo eles, foi devido às condições climáticas adversas do local, com muita neblina.

Ás 19h04 o governo brasileiro, por meio do Itamaraty, faz pronunciamento informando ter mobilizado as autoridades locais em alto nível, com o embaixador em contato direto com agências de resgate. Dois funcionários da embaixada se deslocaram para o local para acompanhar as buscas. O ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, iniciou contatos para solicitar reforços nas operações.

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