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Estilhaços de bomba vão cair sobre o agro brasileiro

Como em 2022 quando começou a guerra entre Rússia e Ucrânia, o conflito entre Israel e Irã poderá fazer um estrago maior ao agro brasileiro. O mercado pode se complicar nas importações e também nas exportações dos produtos agrícolas brasileiros.

Estamos próximos de um novo ano agrícola a partir de julho. Cerca de 50% dos fertilizantes já foram importados com aumento de 24% em relação ao ano passado. O Brasil é dependente de 85% do potássio, nitrogênio e fósforo que formam o composto NPK, com origem no petróleo e gás natural.


O Brasil compra 30% de fertilizantes da Rússia e 20% do Irã. Até o final de 2021, a tonelada de fertilizantes era comprada dos russos por 300 dólares. Foi só começar a guerra com a Ucrânia e o preço subiu para mil e 200 dólares. Com o conflito no Oriente Médio, autoridades do Irã ameaçam bloquear o Estreito de Ormuz por onde passam quase 25% do petróleo transportado para o ocidente e também nossos fertilizantes. E os preços vão disparar!


Países como o Iraque, Kwait, Catar, Bahrein e Emirados Árabes Unidos, além do Irã, ficariam com seus navios bloqueados. Havendo o bloqueio, as exportações para o Oriente Medio podem ser retardadas, causando desequilíbrio de preços no mercado interno brasileiro.


Hoje, o Irã é o maior comprador do milho do Brasil e quarto comprador de soja. O Brasil exporta muita carne bovina e de frango para o Golfo Pérsico. Ano passado, 40% da carne de frango brasileira foi para o mundo árabe, inclusive Israel. A China vai ter participação preponderante para evitar o fechamento do canal, por ser a maior compradora do petróleo iraniano. Para não entrarem em colapso, os chineses terão total interesse em impedir o bloqueio no Estreito de Ormuz. Do colunista Valdir Barbosa

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