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G20 não tem força para taxar super-ricos, diz economista

Mesmo com um esforço do Brasil para emplacar pautas relacionadas à taxação de grandes fortunas durante a presidência do G20, o grupo não tem força para emplacar essa mudança a nível mundial. A análise é de Ecio Costa, professor da UFPE (Universidade Federal de Pernambuco) e economista-chefe do Lide Pernambuco. O especialista cita as resistências internas do Brasil à medida, como no Congresso Nacional. Mas também menciona um posicionamento contrário de outros países, como é o caso dos Estados Unidos.

“O dilema [da taxação das fortunas] mostra que o G20, não tem tido força para atuar nesse sentido. A mesma coisa se repete com a ONU [Organização das Nações Unidas]”, disse Ecio Costa


O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, foi o integrante do governo brasileiro que mais se engajou no discurso sobre a tributação proporcional dos super-ricos. A ideia é que o dinheiro arrecadado fosse para o combate da pobreza e da fome. Haddad se encontrou com representantes de diversas nações para defender o assunto. Um deles foi o papa Francisco. Mas não são todos os países que apoiam a iniciativa.


Ecio Costa menciona os Estados Unidos, que apresenta resistência à proposta ainda durante o governo de Joe Biden (democrata). A resistência deve ser ainda maior com a nova gestão do futuro presidente Donald Trump (republicano).


"É muito provável que ele não leve em consideração as pautas e as decisões que sejam tomadas [no G20]", declarou o economista. Para Ecio, só um movimento internacional conseguiria fazer com que a taxação das grandes fortunas avance. Uma investida nacional romoveria uma evasão de riqueza do Brasil. Isso porque, segundo ele, os super-ricos colocariam o dinheiro em outros países.


"São bilionários, muito ricos. Então, têm uma facilidade de deslocamento, de mudança de cidadania, para outros países que não estão fazendo essa tributação", declarou.

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