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Moraes rejeita pedido de defesa e mantém prisão de Braga Netto.

O ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Alexandre de Moraes rejeitou o pedido da

defesa e manteve a prisão preventiva de Walter Braga Netto, réu por tentativa de golpe de

Estado em 2022. A decisão foi proferida na 5a feira (22.mai.2025). Os advogados do

militar argumentavam que não havia fundamentos para mantê-lo preso e pediram a

revogação da medida ou a substituição por outras medidas cautelares.

Na decisão (íntegra - PDF - 148 kB), Moraes disse que há indícios da participação de

Braga Netto na tentativa de golpe, além de que o relatório da PF (Polícia Federal) o posiciona como liderança do plano para assassinar o presidente eleito Luiz Inácio Lula da

Silva (P T), o vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) e o próprio ministro do STF. Além disso, para o magistrado, Braga Netto teve papel de organização e financiamento da tentativa de golpe e "agiu, reiteradamente, para embaraçar as investigações".


Moraes declarou que, em depoimento concedido na 4a feira (21.mai), o ex-comandante da

Aeronáutica Carlos Baptista Júnior afirmou que Braga Netto foi responsável por orientar militares a pressioná-lo, além de sua família, por ter sido contrário ao plano do golpe.


Baptista Júnior é uma das testemunhas convocadas a depor na ação por tentativa de golpe

no Supremo. Ele foi indicado como testemunha da acusação, feita pela PGR (Procuradoria

Geral da República), do ex-comandante da Marinha Almir Garnier, do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e do ex-ministro da Defesa Paulo Sérgio Nogueira.


Braga Netto foi preso pela PF em dezembro de 2024, alvo da Operação Contragolpe. Os

agentes cumpriram busca e apreensão na casa dele, em Copacabana, bairro da zona sul do Rio de Janeiro, e do seu assessor, coronel Flávio Botelho Peregrino.


Segundo a PF, eles estariam "atrapalhando a livre produção de provas durante a instrução processual penal". Em março de 2025, o STF manteve, por unanimidade, a prisão de Braga Netto. Moraes argumentou, na ocasião, que manter a prisão era necessário por causa das tentativas do general de "embaraçar as investigações" sobre o plano de golpe de Estado.

O magistrado afirmou ainda que os elementos de prova indicam que, desde agosto de

2023, o general atuava para interferir nas apurações que tramitam na Corte.

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