Promessa de terrenos a 7 mil não se concretiza e prefeitura lança projeto habitacional via financiamento da Caixa
- Reinaldo Stachiw
- 30 de mai.
- 2 min de leitura
Durante a campanha eleitoral, o então candidato a prefeito de Tapurah, Alvaro Galvan, apresentou o projeto "Habita Tapurah", prometendo a venda de terrenos ao valor de R$ 7 mil, com condições facilitadas para a população. Além disso, o projeto previa mais R$ 7 mil destinados à infraestrutura e à aquisição de novas áreas com um fundo Habitacional.

No entanto, após vencer as eleições, a proposta não foi levada adiante. Em seu lugar, a atual gestão lançou o "Jardim Nova Esperança Residencial", um novo projeto habitacional que prevê a construção de mais de 400 casas, com financiamento pelo programa do governo Lula, Minha Casa Minha Vida, pela Caixa Econômica Federal além de subsídios que são tradicionalmente oferecidos pelos governos federal, estadual ou municipal.
Até o momento, não há qualquer menção ou movimentação para implementar a proposta de campanha referente à venda dos terrenos a R$ 7 mil. No modelo atual, os interessados em adquirir uma casa precisam passar por uma rigorosa análise da Caixa e contratar um financiamento cujo valor final dependerá dos benefícios concedidos pelos governos.
É importante destacar que esses subsídios são, na prática, recursos provenientes dos impostos pagos pela própria população.
A reportagem sugere que o município promova um debate mais amplo sobre a política habitacional, destacando como exemplo positivo a parceria entre Estado, produtores rurais e a Prefeitura na construção de estradas. Nesse modelo, o governo estadual investe 50% dos recursos, a Prefeitura 25% e os produtores outros 25%.
Se o mesmo tipo de parceria fosse aplicado à habitação, o valor do financiamento poderia ser significativamente reduzido, tornando as parcelas mais acessíveis para a população.
Outro ponto levantado é a possibilidade de permitir que o financiamento seja realizado por outras instituições financeiras, considerando que a inadimplência nesse tipo de operação é praticamente inexistente, já que o próprio imóvel serve como garantia.
Por fim, a matéria lembra que o governador Mauro Mendes, recentemente, ofereceu um modelo de caução para garantir financiamentos habitacionais. Esse exemplo poderia ser seguido em Tapurah, visto que a garantia necessária seria de aproximadamente R$ 1 milhão — valor considerado viável, especialmente diante da arrecadação anual do município, que gira em torno de R$ 140 milhões.









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