Sob Lula, bancos públicos expandem crédito mais que os privados
- Reinaldo Stachiw
- 13 de abr. de 2024
- 1 min de leitura
BNDES foi o que mais abriu a carteira em 2023 na comparação com o ano anterior; só o Bradesco diminuiu os empréstimos.
Após sete anos, a participação dos bancos públicos no crédito voltou a aumentar, segundo o Banco Central. A fatia dessas instituições no total de empréstimos do país passou de 42,3% no fim de 2022 para 42,8% em dezembro de 2023. Ao todo, cerca de R$ 2,5 trilhões da carteira de financiamentos foram emprestados por bancos estatais.
Embora discreto, o avanço observado em 2023 representa um ponto de inflexão relevante. Afinal, a fatia dos bancos controlados pelo governo vinha diminuindo ano a ano desde o impeachment de Dilma Rousseff (PT).
O pico de participação deles, de 56,8% do crédito total, foi alcançado justamente no último mês da petista no cargo – maio de 2016. Passou a diminuir já nos meses seguintes, no governo de Michel Temer (MDB), e seguiu em baixa na gestão de Jair Bolsonaro (PL).
Quando se observa o dado de dezembro de cada ano, o maior número é o do fim de 2015, último ano completo de Dilma na Presidência.
A fatia dos bancos públicos seguiu crescendo em 2024. Em fevereiro, ela chegou a 43,2%, segundo dados publicados nesta terça-feira (2) pelo Banco Central.
Segundo especialistas consultados pela Gazeta do Povo, dois fatores principais contribuíram para o aumento na participação dos bancos públicos. São eles a expansão do crédito direcionado, como o crédito rural e o imobiliário, em que os bancos públicos tradicionalmente têm participação relevante; e as crises em empresas como Americanas e Light, que limitaram o crescimento na concessão de crédito por parte das instituições privadas.
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