Taxa de juros deve subir para conter "fantasma da inflação" no Brasil; entenda
- Reinaldo Stachiw
- 17 de mar.
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O aumento ou redução da taxa básica de juros Selic, principal instrumento de controle da inflação, será decidido pelo Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC), nesta semana. A expectativa é de nova alta nos juros, previamente contratada pelo comitê na última reunião.

A decisão final será comunicada após o fim do segundo dia de deliberações da diretoria do BC, que deve acontecer na quarta-feira (19). Na ata anterior, de janeiro, o colegiado indicou que, caso o cenário de avanço dos preços perdurasse, seria necessário fazer ajuste de pelo menos 1 ponto percentual.
Dessa forma, os juros passarão dos atuais 13,25% ao ano para 14,25% ao ano — mesmo patamar de julho de 2015, época da crise no governo da ex-presidente Dilma Rousseff (PT). Quando a inflação está elevada, o Banco Central age aumentando os juros, na tentativa de conter o consumo.
Com a alta de 1,31% do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) em fevereiro, considerado o termômetro da inflação, a alta da Selic é dada como certa pelo mercado financeiro, que aposta no aumento de 1 ponto percentual na taxa.
O Brasil tem IPCA de 5,06% no acumulado dos últimos 12 meses — bem acima do teto da meta deste ano, que é de 4,50%. Caso siga acelerando e acima da meta até junho, o objetivo será considerado descumprido.
Uma das maiores preocupações do governo Lula tem sido o avanço dos preços dos alimentos nos mercados, que impacta diretamente o bolso do consumidor e é puxado pelo alto patamar da inflação.
Para baratear alguns produtos, o governo federal decidiu isentar, por tempo indeterminado, o imposto de importação (II) de 11 itens consumidos pelos brasileiros. No entanto, a medida é considerada ineficaz por economistas.
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